domingo, 6 de abril de 2008

Vago lembrando, lembro vagamente (07/10/2006)

Vago lembrando, lembro vagamente

As lágrimas secaram, disse, mas não confio

Ainda aperta, ainda dói, ainda fala

Fala alto, grita todo mundo, ninguém diz nada

“Sou minha, só minha e não de quem quiser”

Deusa do adeus, os deuses sofrem e não são onipotentes

O adeus perfura, não era para o Deus consertar?

Deus não conserta, machuca, fala, grita

Cansei dos pontos, eles fingem fechar

O fecho não fecha, só finge

O ponto ilude, outra linha fecha melhor

A outra linha fecha com continuidade

Na outra linha, a vida continua

Lembro vagamente, minha memória é ruim

Graças a Deus?

Mas o cara nem é onipotente!

Graças a alguém que fez alguma coisa errada

A coisa errada me faz lembrar vagamente

Enquanto eu vago lembrando

Nenhum comentário: