sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Sex Drive

Química é algo inegável. Sintonia é algo inegável. Pele é algo inegável. E tudo isso torna o sexo bom uma das coisas mais difíceis de esquecer. É como se você fosse um fantoche e uma mão dentro de você te empurrasse na direção do outro.

Toque, pele, beijo. Foda-se o quão bêbada você está. Foda-se que você não lembrou de depilar o canto esquerdo da sua perna. Toque, pele, beijo, puxa a roupa. Não ligo pra mais nada, apenas atendo ordens. Toque, pele, beijo, puxa a roupa e te joga no móvel mais próximo. Para de se importar no que os vizinhos podem ouvir.

A mão vai no lugar que você queria, o movimento do quadril é exatamente o que você pensava e você não quer que aquilo pare nunca. Puxada no cabelo, segura a mão pra trás, mão no pescoço.

...

Sexo bom é uma combinação tão fina de duas pessoas. É óbvio que esse tipo de coisa destrói vidas.
Eu sinto muito pelo fato de você achar que sua vida é perfeita e aquela menina estar dando para o seu namorado. Você não deveria achar que é tudo tão bonito... mas existe também a possibilidade de eu ter consciência demais das coisas. Eu sei o quanto o seu namorado te trai, as coisas que ele fala, as coisas que ele faz. E, sim querida, ele coloca tudo num compartimento e esquece depois que faz.

Você acredita tanto no amor que dá dó. Dó e inveja, talvez.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

It's not my fault that I act and look like him. I'm sorry if that reminds you of a lot of shit... I really am. I just wish that I wouldn't be punished by being who I am. Once again. I just wish, for once, I could just be me and that would be fine by you.

I wish I could just not be that girly girl you always wanted me to be. I wish could just be this person that doesn't really care if her outfit matches the weather. Because I really don't care about those things. I never did.

I also never really cared about ballet, but I know you wanted a bailarina. I just wanted some freedom, you know. Just some wind in my face and everything was OK.

I'm really sorry about not being who you want me to be. But, when I was trying to be that girl, I was miserable. You have no idea what I have done for hating myself... And you'll probably never know.

The worst part is that now I have to live knowing that you remember of him when you see me. I know I sort of left you too, I know I'm also quiet and hate to sleep in other's people's beds. But I'm not him and I wish you could just see it and be just fine.

The girl dating the serial killer

And there she was. So fucking in love any idiot in the face of earth could see it... except him. Or maybe not. Maybe he knew, but wanted some kind of ego boost. Who doesn't, right? But she was so freakishly not ready to like someone like that. And she did it anyway. That was sort of her move: just doing things.

But, for him, that wasn't the natural course of things. Some people are just disconnected from the feelings they are able to feel. Some people just think they've had enough, so they became lethargic. They could actually kill someone and not feel a thing. They act sort of like serial killers that don't kill anyone.

And, he... He was like an inocent serial killer. And, damn, nobody wants to be the girl dating the serial killer at the end of the day. But she had fell in love with him... badly. Even tough he wasn't even funny enough to be with her.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Não faça isso com ela

Não, não faça isso com ela. Não olhe pra mim assim, não fale pra mim essas coisas, não desmereça a menina. Ela te ama, e você a ama --ninguém se esquece assim, como macarrão instantâneo. E eu preciso acreditar nesse sentimento de novo, que ele possa existir em relações duradouras. Então, faça sua parte. Olhe para o lado, prove que você a ama e não faça isso com ela.

Ela te espera em casa e não merece a meia atenção que você vai lhe dar. Ela não merece que você fique com um olho no seu iPhone e o outro nela. A garota fez por merecer os dois olhos. Ou, não sei, não dê nada. Não dê migalhas para quem se dá por inteiro pra você.


segunda-feira, 18 de junho de 2012

- Mas por que você fez isso? Esse cara é um erro!
- Eu sei que é um erro, mas ele é um erro alto, loiro, gostoso e de olhos azuis.
- Me parece justo.

Padrões

Julia estava em um grupo de cerca de dez pessoas, sem conseguir rir do que estava sendo falado, quando percebeu que estava em um ciclo de autodestrição. Alguns passam a vida dormindo, outros se distraindo... ela estava tentando se destruir aos poucos. Nada drástico, nada que alguém pudesse realmente notar. Nada que justificasse uma internação repentina.

Ela saiu do lugar sem dar grandes satisfações, e ninguém perguntou, já que sair de lugares sem avisar não era nada novo. Chegou em casa, sua mãe estava deitada na cama, vendo TV. De novo.

A vida dela parecia mais uma sequência de erros, repetidos por diversas gerações. E os erros continuariam sendo tão errado quanto sempre, a não ser que algo fosse mudado. E aquele parecia o melhor momento para a libertação dos erros das estações anteriores.