segunda-feira, 18 de junho de 2012

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Julia estava em um grupo de cerca de dez pessoas, sem conseguir rir do que estava sendo falado, quando percebeu que estava em um ciclo de autodestrição. Alguns passam a vida dormindo, outros se distraindo... ela estava tentando se destruir aos poucos. Nada drástico, nada que alguém pudesse realmente notar. Nada que justificasse uma internação repentina.

Ela saiu do lugar sem dar grandes satisfações, e ninguém perguntou, já que sair de lugares sem avisar não era nada novo. Chegou em casa, sua mãe estava deitada na cama, vendo TV. De novo.

A vida dela parecia mais uma sequência de erros, repetidos por diversas gerações. E os erros continuariam sendo tão errado quanto sempre, a não ser que algo fosse mudado. E aquele parecia o melhor momento para a libertação dos erros das estações anteriores.


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