sábado, 30 de agosto de 2008

Um dia

Naquele dia, Deus pegou seu dedo gordo e enrugado e apontou para um barbudinho na Terra. Ele estava com fones de ouvido, acho que nem ouviu. No máximo, olhou pra cima com uma cara feia, provavelmente reclamando da faísca que a apontada de Deus causara. Enfim, o cara lá apontou e disse "você ai vai decidir os destinos das pessoas hoje".

Fato é que naquele dia, a vida de algumas pessoas mudou. Marina, por exemplo, começou a andar em círculos. Isso! Não importava o que acontecesse ela andava girando. Às vezes maior, às vezes menor, o raio da circunferência, mas sempre em torno do mesmo lugar. Ela ficava irritada de vez em quando (quem gosta de voltar sempre ao mesmo lugar?), mas se acostumou e, desde então, foi assim.

Uma nuvenzinha preta (que, fosse o que fosse, não chovia) começou a morar na cabeça de Gabriel. Ele olhava pra cima, cutucava a nuvem (não é que tinha textura de algodão mesmo?), mas ela não saia dali. Esse ficou irritado de verdade. "Sabe, custa chover?", ele pensava, e a nuvem seguiu ele desde então.

Sofreu também a menina sem nome. É, isso mesmo, ela não tinha nome - os pais esqueceram e, talvez, ninguém nunca parou pra perguntar. Ela começou a ver o mesmo rosto (o do menino que decidia as coisas) em todas as pessoas ao seu redor. Sabe, isso é complicado, como ela ia diferenciar as pessoas pra ter uma simples conversa? Eram todos o mesmo? Ela sabia que não, mas era sempre o mesmo rosto. Pelo menos 30 minutos de conversa eram necessários para diferenciar quem ela gostava e quem ela não gostava. E quem aguentava 30 minutos com alguém desconfiado e questionador?

Não relaciono fatos sem pensar, mas foi naquele dia também que eu me apaixonei. Coicidência?

[Tô quaaaaaase tirando este texto daqui porque descobri que ele é uma cópia de váááárias coisas... mas... whatever... hehehe]

3 comentários:

Unknown disse...

acho que nao entendi muito, mas tentei sentir e aí sim...gostei!

Cecilia Barroso disse...

Cópia ou não cópia, inspirado em algo ou não inspirado, ele é sensacional!

caio paganotti disse...

apaixone-se sempre, minha filha...