terça-feira, 24 de novembro de 2009

A caneta deve ser pequenina e ficar postada entre o mamilo esquerdo e o que dizem ser o coração -algum fisiologista bizarro deve ter inventado. Ela aplica e reaplica uma pressão constante, incômoda no começo, torturante depois de um tempo. Mas nada que mate, não.

Suspeito que a tinta liberada siga pelo tubo do sistema digestivo -palpite de quem queria ser médico, claro. A fórmula deve perfurar estômago e subir o tubo, chegando no que chamamos de garganta. Ali, decide fazer uma espécie de dança das baleias.

São baleias dançantes segurando a base da garganta. Nada entra, nada sai. Elas ficam ali e, se morrem, são mais abastecidas pela tinta da caneta maléfica que segue pressionando o mesmo ponto -há horas. Mas são baleias, já que são grandes e ocupam todo o espaço do local.

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