domingo, 6 de julho de 2008

Tenho até às 17h20 para escrever...

... então vamos rápido. Há meses não escrevo coisas melosas por vários fatores. Mas, vamos lá. Os personagens principais são os de sempre.

História de como deveria ter sido

Reunião dos estudantes da faculdade. Uma mesa, cadeiras ao redor. Pauta: esportes. Mais um dia cinza, com sorriso cinza. Ele entra pela porta, ela começa a chorar. Louca, sem lógica. Ele:
- Eu nem disse nada e você já está chorando. Você é louca!
- Eu sei - diz ela.

E ele diz o que ela sonhou em ouvir por quase dois anos:
- É o seguinte, sua vaca. Eu vou me casar amanhã com ela, mas por alguma razão do destino eu não paro de pensar em você e no quanto deveria ser você minha esposa. Eu te odeio. Você me magoou demais. Não nos falamos há mais de um ano e é em você que eu penso. Sério, eu realmente te odeio. Isso não tem a menor lógica, mas é o que acontece. Você não sabe como isso é ridículo.

As pessoas da sala ficam perplexas com a declaração e o choro da menina que era sempre tão contida. Ela rebate:
- Eu sei como isso é ridículo sim, seu idiota! Há mais de um ano nos falamos direito, você me maltratou por muito tempo, saiu do país, está morando com aquela idiota, me chutou de todos os jeitos e, todos os dias antes de dormir, eu penso em você. Em como era pra ter sido e como eu ando pela metade desde o dia em que eu te perdi. Sério, eu te odeio mais do que você me odeia.
- Ah é? Eu duvido que você me odeie mais, sério. Você não tem noção do quanto eu quero que você morra.

Silêncio. Desconforto. Lágrimas.

É naquele olhar de ódio que ela se completa ou ao menos fazia isso antes. Desde então, os sorrisos têm outro preço, não existe mais festa, só trabalho. Bem que aquela psicóloga disse que ela precisava de terapia.

O fim é um beijo cheio de raiva, mas eterno, como tudo aquilo que estava ali, escancarado em palavras de ódio.

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