terça-feira, 28 de outubro de 2008

Quando eu te encontrei tinha água nos olhos, aperto no coração e não olhava direito pro sol - sabe, quando a luz bate na lágrima e arde? Tinha amarras no passado, nuvens nos olhos e milhões de preconceitos.

Mas ai você veio. Devagar.

Me pegou pela mão, me levou pra longe de tudo pra pensar. Ficou ali, sentada olhando, enquanto eu chorava as dores mal resolvidas. Segurou meu cabelo quando eu quis vomitar e, de repente, encheu meu coração de alegria de novo. Me mandou levantar. E, desta vez, não era por alguém.

Me reconstruiu e fez quem sou hoje. Nunca me iludiu, sempre soube que iria embora. Por vezes, quando achei que estava muito dependente tentei dizer "não" - como se fosse possível fugir -, mas agora você vai e eu penso em algo melhor que um "obrigada" pra deixar.

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