terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Veio na minha direção. Pra variar, uma figura bizarra. Dia ainda claro. Com um leçol levando alguma coisa nas costas. Mão direita uma garrafa de 51 (melhor pinga ever, by the way). Na esquerda, uma garrafa de amaciante (?). Andar cambaleante. Shorts jeans, camiseta de Wally azul. Ele manca da perna esquerda. E, inacreditavelmente, é real.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Devo parecer uma idiota...

Devo parecer uma idiota. Uma cabeça no meio de um endredon se apóia sobre o ferro da varanda. Olha pra baixo, procura os carros, pensa em uma coisa ou outra. Coração disparado. Ok, o fato de não ter feito nada relevante o dia todo (poxa, andei duas horas!) deve contribuir, mas o coração segue em tal condição. Just waiting for my boy, so I can sleep. Dormir em paz. Nos braços dele. Just sitting in my car and waiting for my...

(Amor, citei System of a Down. Morra!)

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Os mancos

O menino manco mancava pela cidade metafóricamente manca.

domingo, 16 de novembro de 2008

Contos de fadas

This page do not exist

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A rua cheia de comércio estava vazia. Completamente. Num clima de domingo no fim do dia, mas ainda estava claro. Chovia. Entre os feixes de luz, a água se intrometia como quem quer participar da conversa sem ser convidada. No canto esquerdo, perto da loja de doces, ele, sentado. Joelho dobrado, braço esquerdo esticado, direito apoiando a cabeça. A chuva molhava o rosto meio sem sentido. Sabe quando o rosto não tem mais razão pra existir? Ele olhava pra frente e pra baixo.

Na sua linha de olhar, calçada oposta da rua, perto da papelaria, ela. Pernas também cruzadas, mas era o braço esquerdo que segurava o queixo, que segurava as lágrimas. Funcionavam como espelhos, percebe? Não conversavam, mas agiam como se fossem um se olhando através do outro.

As lágrimas que caíam eram um mero elemento criado por um cenógrafo sem graça - ou sei lá, uma bandeirinha branca levantada pelo que os clichês que movem as mulheres consideradas modernas. O importante pra se saber aqui é que ela também olhava pra frente em alguns momentos.

Se era uma briga, um recomeço ou uma despedida ninguém nunca vai saber.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Então ela apoiou o rosto no travesseiro e olhou pela varanda. Tinha chovido, muito, mas o céu estava claro - e incrivelmente bonito para uma cidade como São Paulo. Prédios, nuvens, música boa no rádio. Não conseguiu conter o sorriso, no rosto e nos olhos. Água nos olhos, talvez. Era livre, finalmente livre. Tinha quase tudo o que a menina de aparelho havia sonhado. (O "quase" era um fator infinitamente necessário.) E era feliz, mais do que alguns gostariam, menos do que ela tinha pedido enquanto chorava fingindo que estava dormindo.

[ai, sou miguxa... hahaha]
As palavras são sentimentos mal escritos e porcamente interpretados. Nunca o suficiente, nunca claras demais. São rasas. São padrões de uma sociedade que não sabe quem é, muito menos o que quer. Por hoje, as palavras me irritam.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Quando eu te encontrei tinha água nos olhos, aperto no coração e não olhava direito pro sol - sabe, quando a luz bate na lágrima e arde? Tinha amarras no passado, nuvens nos olhos e milhões de preconceitos.

Mas ai você veio. Devagar.

Me pegou pela mão, me levou pra longe de tudo pra pensar. Ficou ali, sentada olhando, enquanto eu chorava as dores mal resolvidas. Segurou meu cabelo quando eu quis vomitar e, de repente, encheu meu coração de alegria de novo. Me mandou levantar. E, desta vez, não era por alguém.

Me reconstruiu e fez quem sou hoje. Nunca me iludiu, sempre soube que iria embora. Por vezes, quando achei que estava muito dependente tentei dizer "não" - como se fosse possível fugir -, mas agora você vai e eu penso em algo melhor que um "obrigada" pra deixar.
Não perguntou nada, tão pouco parou pra pensar. Tirou tudo de dentro da mochila, colocou nas mãos dele. Fechou os olhos e pulou.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

- Me devolve meus olhos
- humm... não.... - disse de boca cheia, deliciando-se com o sabor crocante de um par de olhos azuis. Um molhinho, talvez?
- mas eu não enxergo mais nada
- e eu lá me importo? ah, se você soubesse como são gostosos esses olhinhos - passava a mão na barriga como um teletubbie recém alimentado

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Diálogo

- Ai, eu queria matar aquele filho da puta, não entendo nada do que ele fala - falou o menino de verde, com a boca cheia de um pão de queijo que valia lá os seus R$ 1,25
- Está uma lua boa para se cometer um crime - e ela dizia isso mexendo no celular. Saia preta, blusa preta, segurando sempre muita coisa...
- Será? - olhou pra cima, o pensamento no meio do cérebro, pensando pra que lado deveria ir. Racional ou emocional?

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Aqueles olhos azuis arregalados percorriam todos os rostos no caminho. Ele ia em direção às pessoas, todas, procurando alguma coisa. Seguiu pela ruazinha cercada de árvores, entrou no prédio acabado pelo tempo, sentou no sofá mais velho que viu.

Sabe, aqueles olhos eram realmente abertos, do tipo que sai ar ao lado dos globos oculares. Dava medo. E ele continuava encarando e cruzando olhares entre as coisas, sempre desviando no final.

Uma meta maior na chegada? Sei não, mas parece que a coisa toda acabou no fundo de uma lata de Itaipava meio suja, meio choca.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Todo mundo quietinho

Pra ouvir o barulho do mar

domingo, 14 de setembro de 2008

Texto de setembro do ano passado

E, olhando uma foto, esqueço do resto do mundo. É, sempre foi e sempre será! Machuca a possível impossibilidade. Enche o coração a pequena esperança…

Na foto, o amor da minha vida. Lá, naqueles pixels mal definidos, aquele que será o pai dos meus filhos.

É, sempre foi e sempre será! Porque as pessoas não dependem de sua localização no tempo e no espaço…

Menina boba. Olha pra foto e diz “eu te amo, sabia?”. Com uma verdade no olhar que dá até dó…

Eu não quero crescer. Quero continuar olhando seu sorriso e tendo 16 anos…

[Como eu era fofa...]

Cara ecatlética,

Todo carnaval tem seu fim

Hoje começou a cair a ficha. Vou te deixar, mais tempo, menos tempo. Nunca quis tanto uma pinga e um abraço. Sério.

Beijos,

Amanda

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

E ai ela chorou. Sem medo, sem venda, sem nada. Só chorou. Depois de tanto tempo. Talvez fosse aquilo que ela precisava, talvez fosse só um sinal do rumo que deveria tomar, talvez não devesse ficar pensando sobre seu choro. Alguém poderia fazer o favor de lhe olhar nos olhos e dizer que tudo ia dar certo fazendo o favor?

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

"Amanda" ainda é o gerundio feminino do verbo amar. Eu acho. Ou não.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Marcelo Camelo....

Eu quis te conhecer, mas tenho que aceitar
caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá
pode ser cruel a eternidade
eu ando em frente por sentir vontade
 
Eu quis te convencer, mas chega insistir
caberá ao nosso amor por o que há de vir
pode ser a eternidade má
caminho em frente pra sentir saudade

Paper clips and crayons in my bed
everybody thinks that I’m sad
I take my ride in melodies and bees and birds
will hear my words
will be both us and you and them together

I can forget about myself trying to be everybody else   
I feel allright that we can go away
and please my day
I’ll let you stay with me if you surrender

Eu quis te conhecer, mas tenho que aceitar
I can forget about myself trying to be everybody else
caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá
I feel allright that we can go away
pode ser a eternidade má
and please my day
eu ando sempre pra sentir vontade
I’ll let you stay with me if you surrender

[Ainda tô tentando interpretar ainda, mas coloco aqui pra guardar]
Sabe no fim? Quando a festa acaba, todo mundo tá podre, tudo jogado no chão? O que fica em pé?
Sempre ali, sempre, insuportavelmente sempre... 
Quando a luz se apaga e ninguém mais pode te julgar, em que você pensa?

(peguei um trechinho reflexivo de uma carta escrita em 2006)

sábado, 30 de agosto de 2008

Um dia

Naquele dia, Deus pegou seu dedo gordo e enrugado e apontou para um barbudinho na Terra. Ele estava com fones de ouvido, acho que nem ouviu. No máximo, olhou pra cima com uma cara feia, provavelmente reclamando da faísca que a apontada de Deus causara. Enfim, o cara lá apontou e disse "você ai vai decidir os destinos das pessoas hoje".

Fato é que naquele dia, a vida de algumas pessoas mudou. Marina, por exemplo, começou a andar em círculos. Isso! Não importava o que acontecesse ela andava girando. Às vezes maior, às vezes menor, o raio da circunferência, mas sempre em torno do mesmo lugar. Ela ficava irritada de vez em quando (quem gosta de voltar sempre ao mesmo lugar?), mas se acostumou e, desde então, foi assim.

Uma nuvenzinha preta (que, fosse o que fosse, não chovia) começou a morar na cabeça de Gabriel. Ele olhava pra cima, cutucava a nuvem (não é que tinha textura de algodão mesmo?), mas ela não saia dali. Esse ficou irritado de verdade. "Sabe, custa chover?", ele pensava, e a nuvem seguiu ele desde então.

Sofreu também a menina sem nome. É, isso mesmo, ela não tinha nome - os pais esqueceram e, talvez, ninguém nunca parou pra perguntar. Ela começou a ver o mesmo rosto (o do menino que decidia as coisas) em todas as pessoas ao seu redor. Sabe, isso é complicado, como ela ia diferenciar as pessoas pra ter uma simples conversa? Eram todos o mesmo? Ela sabia que não, mas era sempre o mesmo rosto. Pelo menos 30 minutos de conversa eram necessários para diferenciar quem ela gostava e quem ela não gostava. E quem aguentava 30 minutos com alguém desconfiado e questionador?

Não relaciono fatos sem pensar, mas foi naquele dia também que eu me apaixonei. Coicidência?

[Tô quaaaaaase tirando este texto daqui porque descobri que ele é uma cópia de váááárias coisas... mas... whatever... hehehe]

domingo, 24 de agosto de 2008

O baile e a foto

Foi o último dia de aula, o baile. A moça não gostava muito daquelas festividades, mas pela mãe faria o que fosse necessário. E lá foi ela, três horas de cabelereiro, outras tantas para escolher um vestido. Seu namoradinho adolescente fazia o mesmo, só que na versão "terno". Eles eram felizes, talvez mais ou menos, talvez mais do que algum dia possam saber.

E o baile começou exatamente às 23h. A família toda estava por lá e como a menina odiava fazer social com a família. Mas, como sempre, amava muito sua mãe, aguentava. E, no fim das contas, todos os amigos estavam lá e, incrivelmente, ela estava linda. Sabe, até o namoradinho havia dito isso.

Eles não estavam bem, não, mas tiraram sua foto mais linda. As pessoas vão, as fotos ficam. Aquela foto era uma faca nas noites tristes.

(Inspiração on fire...)

Cadê?

Ela olhava, procurava em torno do menino. Cadê, meu deus, cadê? Ele ficou parado olhando ela procurar algo nele desesperadamente. Estaria nas costas, era ali que elas ficavam. Cadê?

Cansou. Sentou no canto do quarto e olhou pro nada com cara de fracasso. Colocou o joelho entre os braços, olhava pra ele, olhava pra baixo sem entender. Aquilo deveria estar ali, ela não estava enganada. Ele devia ser um anjo, não era possível. E anjos têm asas, elas deveriam estar ali.

Ela baixou a cabeça, desistiu de procurar, mas ainda tinha certeza. Acabou adormecendo, como sempre...

(ai que clichêêêêêêêê... hehehehe)

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Zona de segurança

É, tem gente que só gosta de alguém dentro da zona de segurança. Do tipo "me envolvo até aqui, depois não". Eu nunca fui assim, sempre me joguei e me fudi de um jeito sem tamanho com relações (é, beeem no plural... hehe). Mas depois que eu fui canalha com a pessoa que eu fui mais além da minha zona de segurança, que eu mais amei, eu não sei mais. "Pode me chamar de canalha, se quiser", diz o livro. Eu sei que eu não sou assim, no fundo. Zona de segurança é a puta que te pariu, viver pela metade não rola.. Mas, na verdade nem sei.

(Texto confuso de alguém indo beber)

Chuva e felicidade

Hoje choveu. Chuva me dá depressão, mas HOJE não (putz, odeio frase que rima). Olhei com os zóinho brilhando pro mundo caindo aqui em São Paulo. Quem explica? E olha que eu tive meu momento bad.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

- Mas você já é uma menina crescida, mudou tanto e nem sabe.
- Mudei nada... Não fala que eu mudei!
- Mudou sim. Quando eu conversava com você há 3 anos você era uma menininha, agora é uma mulher.
- Não sou e eu estou certa, ok?
- Você sempre está certa.

Fecha a janela do msn, abre a porta do carro, fecha os olhos, liga o som. Pensar é coisa de frutinha.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

(odeio títulos, eles são manchetes frustradas)

Gustavo era um assassino, a noite. Pela manhã era pai de família e dizia as coisas mais lindas aos seus filhos. Para sua esposa, o melhor marido do mundo. Mas quando o sol ia, ele não aguentava, precisava matar.

E ele não era aquele tipo que mata com os olhos fechados. Olhava a vítima, gostava da idéia de que seria o último que aquela pessoa iria ver. Faria, enfim, diferença pra alguém. Ele gostava de ver morrer, talvez tentando matar junto o que ainda vivia dentro dele.

"Mata aquilo que te machuca", dizia o papel de pão escondido no meio da bíblia, lida rigorosamente às crianças antes de sair para seu turno da noite. Gustavo era um homem bom. Só gostava de matar pessoas pela noite.

(Quase 3h da manhã... FAIL)

sábado, 16 de agosto de 2008

Aeroporto

Por uma razão que ainda pode render um post fui a um aeroporto ontem, o de Guarulhos, e descobri: aeroporto é um dos lugares mais tristes do mundo. Fiquei parada na entrada por quase 10 minutos, esperando meu pai ir me buscar (tá, eu sou mimada... mi mi mi...) e fiquei olhando.

Um casalzinho, por exemplo, tinha acabado de se reecontrar, provavelmente depois de anos, ela pegou na mão dele por trás (sabe?) e pode fechar os olhos em paz depois de muito tempo, provavelmente. Foi aquela fechada de olho de alívio do tipo "acabou, agora nunca mais me tirem de perto do meu amor, ok?".

Várias, senão todas, as pessoas que passavam estavam no celular ou procurando algo com um olhar aflito. E este é um dos motivos que me fizeram concluir a tristeza de um aeroporto. Ninguém está ali, simplesmente por estar. Estão todos indo em algum caminho, só de passagem... È, a música da Maria Rita tocou na minha cabeça o tempo todo.

Tinha também o pessoal que trabalha com isso. Os pilotos, as aeromoças... É bonito, acho que eles se ajudam pra ficar longe de tudo e acabam formando um grupo. Mas a chegada era alívio pra eles também.

Tirando isso, tinha uma menina ali, olhando e esperando pelo pai. Rosto molhado do choro que a Marginal Tietê tinha causado. Sim, foi a marginal... nenhum ser humano a faria chorar, só as coisas inanimadas. Ela tinha um vazio gigante e uma frustração que ninguém consegue esconder. Não tinha conseguido se despedir do irmão e, naquela noite, tinha dito que amava ele pela primeira vez. Sabe? Você vive com alguém por 20 anos e só diz que gosta quando ela vai. A menina tava sentindo tipo isso, só que doído. A agressividade toda com a vida não levava a nada... Ninguém ali (e nem o irmão dela) tinha culpa da raiva que ela tinha de si mesma.

E esse foi o meu passeio no aeroporto. Vou fazer um vídeo decente sobre isso, porque não consigo mais escrever... Mas às vezes é bom, preenche meu blog de miguxises...

domingo, 10 de agosto de 2008

Durma bem

Sonhe com os pernilongos também.

sábado, 9 de agosto de 2008

João e Maria

- Olha no meu olho.
- Não.
- Por que?
- Porque por mais que eu olhe as coisas não ficam claras no seu olho. E se é pra ver a confusão que tá aqui dentro que seja no chão e não onde eu deveria encontrar a verdade...
- E eu não posso ajudar? Se eu disser que te amo, que quero casar com você, que, como você, nunca vi igual...
- A confusão está em mim. Antes fosse a incerteza do que você pode ou não sentir. Antes tudo o que já aconteceu fosse eliminado com algumas palavrinhas. A confusão tá aqui dentro e a cada minuto aumenta. As pessoas, os momentos...

Ele sai da sala. Ela senta, coloca os joelhos entre os braços, a cabeça entre os joelhos e pára o mundo.

(Ufa! Consegui escrever finalmente)

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Post postado por posteios

Usava uma saia preta com bolinhas brancas. Tomando um refresco com os amigos. Refresco este que tinha um pouco de pinga, mas, quem liga? Aquilo era felicidade. O problema tinha nome e sobrenome e havia se mandado pra europa. E Rosana Jatobá falava de reciclagem e problemas ambientais na tevê...

Ele tinha nome e apelido, mas estava longe do País. Por ele, ela largava tudo aquilo ali e virava dona de casa. Sabe, daquelas que a maior preocupação do dia é o jantar? Isso, era virava aquilo por ele. Largava tudo nessa vida pelas bochechas sorridentes e pelo riso matinal.

Mas, não... e o choro sobia e o riso se ia. Porque os dammit poetas já tinham falado sobre isso tantas vezes. "O vento vai dizer, lento que virá"... E, cara, como aquilo machucava... E ele ficaria tão bravo se soubesse de tudo...

terça-feira, 22 de julho de 2008

Já são 23h...

E eu aqui, escrevendo no meu blog pelo padrão do Último Segundo. Que inferno não conseguir desligar. Agora minha vida é isso: trabalho, trabalho, trabalho. Eu não desligo, eu quero ser perfeita... old fucking problems.

Mas estou aprendendo muito sobre mim. Não memorizo o dia da semana em que estamos. Isso. Simples assim. Não dá! Se hoje é segunda, com certeza colocarei que é terça em todas as matérias do dia. Vai ver é algum neurônio que é alimentado por glúten que armazena isso. Estou providenciando a placa: "HOJE É (nome o dia)". Estou falando sério...

Ah, não importa quantas criancinhas eu veja morrer/serem espancadas/afins, eu sempre fico mal com criança envolvida em crime. Sério, aquilo me faz um mal desgraçado. E criança fofa ainda? Toda vez que eu ia o velório daquele menino que morreu por tiros da PM (qual dos, né?) me sobe um choro.

Mas chorar não pode. A ECA me ensinou isso, a ser menos chorona. Um dia me disseram "mas você chora quando as coisas dão errado". Não, eu não tinha chorado quando a merda tinha acontecido, mas, depois de resolvido, eu dei uma choradinha sim. Desde aquele dia eu não choro sob pressão. Depois é depois, né? Ninguém vê. Mas na hora eu sou forte... Quem por um acaso me viu antes de entrar na faculdade e agora não reconheceria. Eu chorava por tudo.

Aprendi também a valorizar as pessoas que são realmente legais. Sabe, as pessoas que simplesmente te fazem rir? Porque muuuitas pessoas não só não fazem isso como tentam provocar reação contrária.

De hoje, só a bagunça. Minha vida e minha casa, numa metáfora que me dá preguiça. Preguiça de resolver tudo e agir, preguiça. A idéia é conseguir organizar as idéias e não ficar louca com a quantidade de trabalho. Coloquemos em prática. Vou dormir.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Textinho brisa

Com o sorriso entre os dentes
com a mão na boca
olhando o horizonte
olhinhos quase fechados
coração na mão
pra ser jogado longe
bem longe

Fecha os olhos
dorme um pouco
descansa

domingo, 13 de julho de 2008

Vinícius, um sábio

Eu sem você não tenho porquê
Porque sem você não sei nem chorar
Sou chama sem luz, jardim sem luar
Luar sem amor, amor sem se dar
Em sem você sou só desamor
Um barco sem mar, um campo sem flor
Tristeza que vai, tristeza que vem
Sem você, meu amor, eu não sou ninguém
Ah, que saudade
Que vontade de ver renascer nossa vida
Volta, querida
Os meus braços precisam dos teus
Teus braços precisam dos meus
Estou tão sozinho
Tenho os olhos cansados de olhar para o além
Vem ver a vida
Sem você, meu amor, eu não sou ninguém
Sem você, meu amor, eu não sou ninguém

[Porque hoje é o dia internacional da fossa!]

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Daniel Dantas aprontando várias confusões com a sua galerinha do barulho...

Deste terça-feira, um furação passa pelo mundo jornalístico: operação Satiagraha, "persistência pela verdade", do indiano. Presos Daniel Dantas, Naji Nahas e Celso Pitta.

Não conversei direito com os advogados dos suspeitos e presos, mas algumas coisa chamam atenção. Celso Pitta, por exemplo, não tem um advogado fixo. Ele tem seu advogado para criminais e outros advogados para outros tipos de crimes. Gente chique/criminosa é assim, né? Divide seus crimes em categorias e administra a coisa! Daqui a pouco vira uma empresa, né? A-do-ro!

Daniel Dantas é uma fonte de sujeira sem fim. Sabe nos desenhos animados quando tiram a privada do lugar e surge uma fonte de merda? É tipo isso! heheh...

Sobre a cobertura em geral, destaco os textos incríveis do Bob Fernandes. Leia aqui.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Friends - season 3

"Eu ia ficar devastado, mas eu ainda ia querer ficar com você. Porque é você!" Ross responde à Rachel sobre traição

Música foda...

(Pra terminar este dia de blog vivo....)

Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava o rock para as matinês

Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país

Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido

Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?

Morreu na contra-mão atrapalhando o tráfego...

Quando ouvi a música do Chico, percebi. Todos os dias, escrevo sobre pessoas como a Macabéa da Clarisse Lispector, gente que morre no trânsito e vira estatística. "Acidente na Marginal deixa vítima fatal" ou "Três morrem em acidente em Bauru" se tornam tão banais. A gente nem pensa que se um morre, é uma família triste. Às vezes, a vítima nem vai na machete, o trânsito é mais importante... e aquelas pessoas não têm nem sua "hora da estrela".

Sei lá, só fiquei pensando. Achei bem triste...

domingo, 6 de julho de 2008

Tenho até às 17h20 para escrever...

... então vamos rápido. Há meses não escrevo coisas melosas por vários fatores. Mas, vamos lá. Os personagens principais são os de sempre.

História de como deveria ter sido

Reunião dos estudantes da faculdade. Uma mesa, cadeiras ao redor. Pauta: esportes. Mais um dia cinza, com sorriso cinza. Ele entra pela porta, ela começa a chorar. Louca, sem lógica. Ele:
- Eu nem disse nada e você já está chorando. Você é louca!
- Eu sei - diz ela.

E ele diz o que ela sonhou em ouvir por quase dois anos:
- É o seguinte, sua vaca. Eu vou me casar amanhã com ela, mas por alguma razão do destino eu não paro de pensar em você e no quanto deveria ser você minha esposa. Eu te odeio. Você me magoou demais. Não nos falamos há mais de um ano e é em você que eu penso. Sério, eu realmente te odeio. Isso não tem a menor lógica, mas é o que acontece. Você não sabe como isso é ridículo.

As pessoas da sala ficam perplexas com a declaração e o choro da menina que era sempre tão contida. Ela rebate:
- Eu sei como isso é ridículo sim, seu idiota! Há mais de um ano nos falamos direito, você me maltratou por muito tempo, saiu do país, está morando com aquela idiota, me chutou de todos os jeitos e, todos os dias antes de dormir, eu penso em você. Em como era pra ter sido e como eu ando pela metade desde o dia em que eu te perdi. Sério, eu te odeio mais do que você me odeia.
- Ah é? Eu duvido que você me odeie mais, sério. Você não tem noção do quanto eu quero que você morra.

Silêncio. Desconforto. Lágrimas.

É naquele olhar de ódio que ela se completa ou ao menos fazia isso antes. Desde então, os sorrisos têm outro preço, não existe mais festa, só trabalho. Bem que aquela psicóloga disse que ela precisava de terapia.

O fim é um beijo cheio de raiva, mas eterno, como tudo aquilo que estava ali, escancarado em palavras de ódio.

Opa, sumi!

Mas vou tentar voltar a escrever minhas coisas melosas... hehehe

domingo, 6 de abril de 2008

Pronto, migrei!

Cansei de não saber mexer nas coisas do Wordpress e vim pro Blogger. Peguei algumas coisas e postei aqui, mas a maioria ainda está !

A partir de hoje, vamos de blogger mesmo... Não é tão bonito mas funciona.

Beijos

Música de bolso: conceito fantástico

Ontem eu descobri o Música de Bolso e me apaixonei! Por que? O conceito deles é fodástico. Convergência e interação de vídeo com espaço físico. Os artistas convidados (Arnaldo Antunes, Móveis Coloniais Acajú, Thalma de Freitas...) cantam suas músicas em lugares inusitados. Os lugares podem, ou não, ironizar e interagir com o conteúdo da música. Arnaldo Antunes canta no ônibus, Thalma de Freitas na praça do pôr-do-sol e o Vanguart canta em um porta-malas. Enfim, não adianta falar muito, é ir lá e ver!

Maria foi embora (12/01/2008)

É, amigo, Maria se foi. "De mala e cuia".
Ele olhava pra baixo, os braços dobrados sobre a cabeça. E agora?
Agora ela se foi, oras.
Mas, e o café-da-manhã?
A padaria é ao lado. Serventia da casa. Quando Maria se foi, ela levou seus privilégios. Aquela pessoa era mais que uma pessoa. Era atitudes.
Mas porque raios ela não leva junto tudo o que sinto por ela?
Seu amor é só seu, meu filho. Amor não é vetor. É ponto.
É, Maria se foi. E o jantar?

Confissões (13/01/2008)

Eu tenho medo do escuro, da chuva e, principalmente, dos raios e trovões. Não assisto assisto/leio qualquer história com monstros, fantasmas e/ou assassinatos pelo menos quatro horas antes de dormir. Motivo: pesadelos. Não uso óculos porque me acho muito feia com eles. Optei pela cegueira, já que não tenho saco pra lentes de contato. Relativizo leis ao aplicá-las aos meus amigos. Acho veterinários e biólogos estranhos. Eles preferem lidar com animais a lidar com gente. Não durmo tanto quanto parece. A maioria das vezes apenas finjo, pra fugir da realidade. Tenho necessidade de que as letras de músicas que ouço tenham um mínimo de ligação com a minha realidade da época. Tenho ciúmes do ar que as pessoas que eu gosto respiram. Ele pode ficar perto delas mais do que eu. Quando falo de muitos meninos, é porque o que eu quero não posso ter. Escrever é a melhor válvura de escape.

Texto grande para que as pessoas nem pensem em ler (21/10/2007)

Acho vazio. Acho raso. Acho aflitivo. Como todas aquelas pessoas sabem o que realmente querem fazer da vida? Deve ser inveja. Não me encaixei na forminha proposta pela melhor universidade do país. Não adianta. Pode ser que eu queria ser jornalista, mas nunca naquele modelo pré-estabelecido.

As pessoas-modelo me encantam, daria muito para estar em seus lugares - mas assim parece o caminho mais fácil.

Nesta confusão toda, algumas certezas. O que eu gosto é "gente". De alguma maneira quero trabalhar com as pessoas, trazer felicidade (é, eu sei que eu sou Poliana!) ou alguma coisa que esteja perto de um sorriso. Mas o quanto eu quero me afastar destas pessoas pra fazer as notícias. Quero estar dentro, inserida com intensidade. Isso não é muito bom para o jornalista que deve procurar ser isento.

Neste ponto, a Atlética é a realização. Nestas últimas semanas, me questionei muitas vezes sobre a validade de se doar para uma instituição. Palavras de Perseu Abramo me deram um pouco de conforto, mostraram que a participação e doação dos estudantes está no seu DNA. Quero representar, ser representada, a participação tão cultuada deve ser exercida em todas as esferas. De que adianta querermos participação política no país, se em nossa própria escola agimos como inertes?

Representação no campo dos esportes, sim, mas a ausência de inércia e o aprendizado compensam. "Ser" a ECA em algumas situações é algo poderoso. Por uns instantes você não é sozinho, é entidade. Lidar com estes tipos de questionamentos, organizar e hierarquizar isto dentro da minha cabeça é uma realização pessoal.

Após o aval de Perseu, a última Quinta i Breja lavou a alma. Tinhamos acabado de fechar o jornal. Tensão. Nervosismo. Cansaço. Mas lá fui eu cumprir minhas obrigações. No bar, lá estavam os novos atleticanos se divertindo. Tudo se encaminhava bem. Uma roda de violão improvisada estava animando. Todo mundo rindo, se divertindo.

Sentei em cima do frezer, olhei aquilo tudo como se estivesse de fora. E a sensação de ter sido uma parte, mesmo que pequena, daquilo me deu uma felicidade enorme. Deve ser isso que os livros de auto-ajuda chamam de "realização pessoal". Foi lindo, bonito mesmo. Estava com meus amigos, na ECA, fazendo um bando de desconhecidos se divertir.

Valeu tanto a pena. Cada aula matada, cada trabalho atrasado. Meu reino por uns sorrisos. É fácil assim. Será que eu nasci pra fazer eventos? Rpéia? Que seja, não quero tentar me encaixar em outras forminhas... Vai que eu sou jornalista e não sei!

(sem assunto) (02/09/2007)

E ela passou por aquele blog. Tão inteligente o moço, dava até aflição. Eita sorriso bonito! A voz, o andar... Tudo tão superior, tão indefinível através de palavras medíocres. Gostava dele? Não, não... Tanta coisa em sua cabeça, aquilo era só uma quedinha. Mas queria tanto que aquilo fosse pra vida toda...

Por ele, ela esquecia o passado e começava de novo. Afinal, quem diz não para olhos tão bonitos? Tinha sonhado com ele umas duas vezes, mas antes era proibido. Não sabia conviver com a ausência de proibição. A liberdade para olhar e admitir os sentimentos não lhe fazia bem...
Mas aquele sorriso parava o dia. Por alguma razão indefinida. Ele era exatamente o tipo dela: aquele que você acha que nunca vai olhar diferente. Um dia olha! O moço era inteligente por demais... Vez ou outra, ele fazia ela sorrir de canto de boca - guardando só pra ela aquela alegria interior de estar na presença dele.

Seus olhos sorriam sempre, não sabe como ele não percebia estrelhinhas no seu olhar. Aquilo enchia de alegria! Mas ele sempre foi e sempre seria superior a tudo aquilo...

Dica: blog do Antonio Prata (17/08/2007)

Popô deu a dica pelo twitter e eu já vicieu http://blogdoantonioprata.blogspot.com/.
Fica a dica!

Mais uma poesia brisada (12/08/2007)

Sou metade
na verdade
inverte
mente a realidade
dados
acasos
Sou sozinha
metade transparente
descolada
que sente
saudade
Sou confusa
que usa
possibilidades de abuso
uso o abuso
diverte
Vou mudar
pra passar
parar de pensar
andar
correr
solter a corrente
Sou livre
Menos do que pensava querer
É, não tem como querer antes de viver

Novo site sobre Clarisse Lispector (26/07/2007)

Não sei se é novidade, mas descobri hoje. Entrando no site da editora Rocco acabei achando um novo "site oficial" sobre a Clarice Lispector: www.claricelispector.com.br.
Tem bastante coisa legal e segundo eles "esclusiva".

Frase fofa para o final de tarde... (26/07/2007)

"Minha idéia de sagrado se prende à esperança de que, em algum dia distante, nossos descendentes viverão numa civilização global em que o amor será a única lei" Richard Rorty, filósofo

Menos um... (21/07/2007)

Ontem, às 11h40 da manhã, o Instituto do Coração (Incor) do HC informou que o senador Antônio Carlos Magalhães havia falecido. Alguém apelidado de "Tinhoso marvado" não podia ser boa coisa, não que se seja legal desejar a morte de alguém, mas o país ganha com isso.

As diversas referências feitas pela mídia ao (agora falecido) senador remotam em grande parte ao regime militar - ele preferia chamar de "Revolução de 1964". Ele fez um pouco de opositor no partido da Arena no finalzinho da ditadura, mas a Arena era na verdade uma oposição consentida pelo governo, e se aquele governo deixava... A oposição "true" não estava no senado, estava no DOI-CODI sofrendo com caras fodas como o Vlado.

Enfim, perdão aos familiares mas "vai tarde"...

Meu Querido Vlado de Paulo Markum

"Jornalismo educativo não é jornalismo opinativo. O bom jornalismo não tem que ser opinativo. Quem opina é quem recebe a informação. O que um jornalismo educativo tem que fazer é fornecer ao expextador elementos para que ele tenha condições de formar sua própria opinião, seu próprio conceito sobre o que está acontecendo"

Vago lembrando, lembro vagamente (07/10/2006)

Vago lembrando, lembro vagamente

As lágrimas secaram, disse, mas não confio

Ainda aperta, ainda dói, ainda fala

Fala alto, grita todo mundo, ninguém diz nada

“Sou minha, só minha e não de quem quiser”

Deusa do adeus, os deuses sofrem e não são onipotentes

O adeus perfura, não era para o Deus consertar?

Deus não conserta, machuca, fala, grita

Cansei dos pontos, eles fingem fechar

O fecho não fecha, só finge

O ponto ilude, outra linha fecha melhor

A outra linha fecha com continuidade

Na outra linha, a vida continua

Lembro vagamente, minha memória é ruim

Graças a Deus?

Mas o cara nem é onipotente!

Graças a alguém que fez alguma coisa errada

A coisa errada me faz lembrar vagamente

Enquanto eu vago lembrando

Documentário Ilha das Flores

“Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém q explique... E ninguém que não entenda!”

Um brinde aos confusos! (21/07/2007)

Eu não posso escrever que o seu sorriso faz meu joelho sobrar. Nem que seu sorriso me faz querer sorrir. Jamais posso dizer que a possibilidade de te ver me dá friozinho na barriga. Não pode, não!

Não posso contar todas as maneiras que eu invento pra ficar do seu lado. Muito menos o fato de você me fazer querer acordar cedo. Imagina se descobrem que eu já escrevi pelo menos dois textos secretos pra você? Não, não.

Nem ousaria falar sobre esta aflição que me dá não saber de nada. Esta coisa me apertando sem saber o que fazer. Nego até o fim tudo isso aqui, não pode! Nunca poderia te dizer que você me faz esquecer o resto do mundo, que eu queria passar a tarde toda do seu lado.

Não, Não! Jamais... Não posso contar que eu acho isso incrível! Que, esses dias, você colocou uns quilos de borboleta no meu estômago. Nem contaria o quanto uma frase sua faz meu dia mais feliz...

Não posso, não...

Estrada de Jorge Furtado

“Você acredita no destino? Eu não. Eu acredito que o ser humano tem poder, e totais condições, para estragar a sua própria vida sem a ajuda de ninguém, tomando as decisões erradas nas horas impróprias, aliando-se a canalhas diversos, acreditando em heróis, crentes e outros farsantes, apaixonando-se por pessoas doentes ou de péssimo caráter e principalmente acreditando cegamente em sua própria inteligência, bondade, charme, sanidade e senso de justiça. Um grave erro.

As leis da probabilidade permitem que você possa contar com alguns momentos bastante bons. Que podem ser prolongados se você tiver alguém pra dividir ou pra lembrar deles. Que podem ser em maior número se você tiver a capacidade de planeja-los.

Acho que é isso. Alguns amores recíprocos, algum dinheiro, trabalho, muitos planos e alguma sorte...”

Palavras juntadas no trânsito (21/07/2007)

a incomplitude mais completa

o desaviso mais avisado

o brilho mais apagado

a intensidade mais superficial

a contradição mais coerente

o mais inesperado dos esperados

Sem conseguir escrever
Sem conseguir
Tentando escrever
Tentando
Não se consegue escrever com medo
Escreva sobre o medo então
Medo não se escreve
Descreve?
Medo coloca o pé direto longe do chão
E o esquerdo um pouco acima
Muitos patinam em cima do medo
(existem patinadores profissionais)
Assim como existe o medo recorrente
Recorre
Corrente
Prende
Dá três voltinhas e ri da sua cara
É melhor não escrever
É melhor
Melhores
Meios melhores
Inteiro melhor

Blackle é novo Google que economiza energia

Vocês sabiam que uma página de internet preta economiza cerca de 15 watts em relação a uma branca? Algum ecologista meio desocupado descobriu isso e publicou em seu blog (vou procurar o endereço e coloco aqui).

Alguns publicitários de aproveitaram disso e fizeram o Blackle (http://www.blackle.com/), um google com a interface em preto. Associaram a idéia à empresa Heap Media e estão associando o nome da empresa com o ecologicamente correto por ai.

Não conheço a empresa, não conheço os publicitários, mas achei legal e vou divulgar!
[vi primeiro em http://www.blogdeguerrilha.com.br/]

Os Náufragos da Rua Constança

"Batiza esse neném! Batiza esse neném!"

Cantando essa música que, de início, não tem muita ligação com a peça, começa uma das poucas peças de teatro que eu já assisti em São Paulo. É tudo muito bonito no teatro, não tem como não querer virar atriz nessa hora. Logo no início, uma moça bonita dança livre e aquilo te passa uma grande paz.

Voltando à peça. A história central é um jantar de burgueses que, após um tempo, não conseguem sair da casa onde foram jantar. Segundo meu inteligente colega de jornalismo, aquilo é uma metáfora da classe da burguesia presa em sua própria estrutura. Ele me disse antes do teatro, fez sentido no "durante".

Aquelas pessoas estão tão presas às tradições que não se movem. A peça te faz questionar seu conservador interior, aquele que fica meio constrangido em assistir cenas de sexo ao lado de conhecidos. Pois tem cena de sexo (nem sempre o "tradicional", digamos assim!), sim. Tem regrinhas de etiqueta. Tem comportamentos do nosso dia-a-dia que ficam ridículos sob o foco das luzes.

No canto do palco, um intrigante "Freud". Mais a esquerda, os atores repetem bestilizados frases cantadas. "Fort da?" sugere meu colega. Talvez. Pra quem não teve o prazer de conviver com Mayra Rodrigues Gomes, Fort da é aquele procedimento (não sei se pode ser definido assim) em que o bebê joga o brinquedo repetidas vezes e chora até ter de volta. É uma repetição que faz ele aprender, uma coisa meio instintiva.

Enfim, sendo essa interpretação correta, ou não, vale a pena assistir a peça. Vale a experiência de viver o clima do Teatro Fábrica, a interpretação tocante dos atores e a história a ser desvendada.
Antes que eu me esqueça, a peça é baseada no filme "O Anjo Exterminador".

Informações: Bonatto Produções Artísticas. Telefones: (11) 9200-5297 ou (11) 3865-3574.