Vago lembrando, lembro vagamente
As lágrimas secaram, disse, mas não confio
Ainda aperta, ainda dói, ainda fala
Fala alto, grita todo mundo, ninguém diz nada
“Sou minha, só minha e não de quem quiser”
Deusa do adeus, os deuses sofrem e não são onipotentes
O adeus perfura, não era para o Deus consertar?
Deus não conserta, machuca, fala, grita
Cansei dos pontos, eles fingem fechar
O fecho não fecha, só finge
O ponto ilude, outra linha fecha melhor
A outra linha fecha com continuidade
Na outra linha, a vida continua
Lembro vagamente, minha memória é ruim
Graças a Deus?
Mas o cara nem é onipotente!
Graças a alguém que fez alguma coisa errada
A coisa errada me faz lembrar vagamente
Enquanto eu vago lembrando
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